domingo, 10 de novembro de 2013

Relato de experiência

Boa tarde!!
Hoje vamos ter a oportunidade de ler um relato feito pela amiga Rosani E. Correa. Onde ela retrata um pouco da trajetória de D. no CDI Vovó Leonida. 
Obrigada Rosani pela colaboração!!

D. é uma criança com quatro anos (15/04/2009), portador de Autismo Clássico. Quando chegou ao CDI nos primeiros dias chorou muito e se jogava no chão, pois não estava acostumado com novo ambiente e com as pessoas. Quando saíamos para o parque ou qualquer outro espaço fora da sala referência ele começava a chorar e voltava correndo para a sala novamente.
              Nos dias que se seguiram foi ficando mais tranqüilo, não chorava quando chegava à sala, já estava acostumando com as professoras e coleguinhas. No parque percebemos um grande avanço esse semestre, pois agora já explora o ambiente demonstrando tranqüilidade; brinca no escorregador subindo as escadas e escorregando sem auxílio da professora, reclama chorando quando temos que retornar para a sala.
              D. fazia as refeições na sala e não comia sozinho, pois não conseguíamos levá-lo até o refeitório, depois de um tempo conseguimos levá-lo em uma mesa próximo ao refeitório onde faz as refeições, no início não aceitava ninguém sentado à mesa com ele, mas com o tempo as crianças da turma dele foram chegando uma depois outra e quando percebemos ele já estava aceitando crianças de outras turmas também. Atualmente já está se alimentando sozinho.
              O D. não se comunica oralmente e, por esse motivo, em alguns momentos se irrita, pois não é sempre que conseguimos compreender o que quer. Muitas vezes puxa-nos pela mão para nos levar onde quer.
              Percebemos que o D. explora o ambiente ao seu redor observando os objetos e livros, mas sempre os coloca na boca e não dá a função correta a eles. Essa é uma das dificuldades que encontramos, pois inclusive os materiais escolares como caneta e lápis ele coloca na boca constantemente.
              Nas atividades e brincadeiras que realizamos com a turma também encontramos resistência por parte do D. para se aproximar da mesa, para explorar outros materiais ou até mesmo para permanecer na roda quando estamos contando histórias, cantando músicas ou realizando alguma brincadeira. Quando se aproximamos, ele se afasta. Quando tentamos pegá-lo no colo para mostrar o que vamos fazer ou para que observe algum material diferente, ele se irrita, se recusa a olhar para o que mostramos, começa a chorar e se debater. Essa é outra dificuldade que encontramos, pois dessa forma fica muito difícil observar se alcançamos os objetivos propostos para a turma se ele não participa das atividades.




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